Mês de abril chegando ao fim, restrições com a Covid sendo descartadas, turismo voltando ao normal em grande parte do Estado, preparativos para o Bahia Farm Show a todo vapor, a vida voltando ao normal, mas, apesar de tudo, a semana que passou não modificou a falta de interesse da gestão em resolver a situação dos professores da rede pública de ensino de Luís Eduardo Magalhães – a 7ª Economia da Bahia, também conhecida como a Capital do Agronegócio.
Em mais uma reunião mal fadada, ocorrida no dia 13/04, o executivo ofereceu 12% de reajuste com promessa de revisão futura, caso haja crescimento de repasses. Com essa proposta, as negociações não apresentam avanço e a categoria se mobiliza em mais uma paralisação no dia de hoje. Enquanto isso, quem tem condições de pagar escola para os filhos na rede particular de ensino, observa de longe e, por vezes aplaude os pequenos projetos e ações da atual gestão. Para estes, e para alguns vereadores, é cada vez mais difícil enxergar as perdas que estão tendo os alunos da rede pública, suas famílias e os profissionais da educação.
A semana que passou ainda teve o destino de mostrar o prefeito – que diz ter 84% de aprovação da população – entrar na Justiça pra não prestar esclarecimentos à Câmara Municipal. Tal atitude só reforça o discurso da MUDANÇA, quando percebemos que aquele candidato, democrata, humilde, que atendia a todos, que iria valorizar os professores… realmente MUDOU.
Em meio a tantas discussões, o desgaste político da gestão é cada vez mais evidente e a cada dia se observa o desembarque e afastamento de antigos aliados que perceberam a “verdadeira mudança”. Do lado dos que apoiam restam aqueles que de alguma forma se beneficiam com as benesses oferecidas (aluguel de carros, cargos, contratos, entre outras), numa demonstração de que a velha política da politicagem continua como “dantes no quartel de Abrantes”.
No dia em que se comemora o Dia do Índio é triste reviver esta situação de manifestações dos professores por direitos já reconhecidos em municípios vizinhos (como é o caso de Barreiras e São Desidério) e pior ainda, é ver que os problemas não se resumem ao quesito salarial, mas também se agravam na questão de merenda inadequada, precariedade do transporte escolar, perseguição política e demissão de pessoas ligadas a quem apoia os Professores.
Está mais do que na hora de os pais de alunos começarem a se mobilizar para apoiar a causa dos nossos Educadores.
A Sessão da Câmara no dia de hoje promete!